sexta-feira, 3 de julho de 2015

Pierrot e Arlequim

Sua mirada me faz suar
E faz morada em meu olhar
Que quando queda a lhe fitar
Assi' dese'a aproximar
E junto ao peito lhe apertar
Fazer questão em demorar

Me foge então pr'outro lugar
E faz assi' desmoronar
Até ouvir sua voz soar
E novamente me encantar

Por um segundo Pierrot
Queria ser seu Arlequim
Se'a do jeito que for
Eu vou roubá-la p'ra mim.

Pierrot

Mia Colombina, gire, gire para mim
És la bambolina, de meus sonhos
De meu fim
Sei que para outro, são gracejos
Ao Arlequim
Mas sou eu que me encanto
De meu belo querubim

Ele não aceita o convite dessa valsa
Enquanto me sustento
Nessa esperança falsa
São tolos voos
Que meu coração alça
Cruzando o Tirreno
Numa frágil balsa

Ele nunca te notou
E se Deus quiser, nunca vai notar
Tenho medo que o alcances
E que pares de dançar.

Fantasia

Quero agora lhe dizer
Tanta coisa que não sei falar
Da quimera que me foi
Que me é agora
E que será

A paura lhe levou daqui
Lhe levou de mim
Mas o vento que lhe trouxe antes
Trouxe de volta
E trará mil vezes mais
Até ficarmos em paz

Você ainda me encanta
Me traz alegria e esperança
Rindo tal criança
E torno a esperar você
Meu sonho
Minha fantasia