domingo, 29 de novembro de 2009

Guerra Interior (Base para Guerra Nuclear)

Eu sinto o peso do mundo em minhas costas
E sinto o peso de meu viver em meu peito
E me pergunto:
Seria o Fim concreto em mim?

Te vejo, 'inda que cego por tua luz
Tua luz que esconde o Sol
Que explode na infelicidade de não ser você
Seria o Sol uma Bomba-atômica?

Raios de Artemis, tocam minha pele
Escorrem pelo corpo
Numa fulga louca
Tentando me matar

Em guerra com eu mesmo
Santo-pagão-santo
Guerra interior

Uma grande paixão seria um amor?
Um pequeno amor seria paixão?
ou... o que mesmo eu dizia?
perdi as palavras
na limpida piscina do seu olhar

Olhar que me congela
Olhar que me eleva
onde nunca pisei
Onde nunca pisarei

Esses olhos só pra ele têm olhos
Esses olhos que o sono me tiram
Esses olhos

Se te vejo em meus sonhos
Lembro dele agora
Me sinto a me matar

Estou no Céu?
Aqui é o fim?
Te quero pra mim
Aqui no Céu, ele não te toca
Em meus sonhos, tu és minha
Acordo de meus sonhos
Luto com eu mesmo
Guerra Interior, guerra interior

Te vejo escravizada
Não posso fazer nada
Travo novas Guerras
Guera interior, guerra interior

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Suzana

Seus vermelhos cabelos me chamam
Um mar vermelho de fogo que clama
Zarpar em meu feliz peito, ferido
Acalentar meus olhos amigos
Não fujas de meus olhos menina
Anjo ruivo, poeta e poesia

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Letícia

Leve sorriso, tão belo
Espero levá-lo comigo
Trazendo você em meu peito
Infinitamente, serei seu bom amigo
Colecionaremos estrelas, que
Irei buscar pra ti, somente pra ti
Afim de que te faças sorrir

Só-Zinho

Só queria um só-neto só-bre a só-lidão
Só-brou só-mente ver-sós só-luveis só-bre a minha mão
Só-licito só-bremaneira pesquisas só-ciais
Só-luções de problemas de cunho pes-só-ais
Só queria um só-nho
só queria um só-rvete
só queria um ver-só
final

O Novo, o Velho e o Lombardi

É a mesma rua lá fora
De vinte anos atrás
Pássaros cegos agora
Nos deixarão para trás
Venha me buscar, óh mãe
Eu sou um bom rapaz!

O corvo, escuro
Me dá tanto medo
É medo do futuro
Que cada vez chega mais cedo
E a febre que nos aguarda
Já tomou meu olho esquerdo

Olho navios mercadantes
São tantos livros na estante
Tantos quanto eram antes
Dom quixote, tão errante

E nada é tão novo
Que não copie o passado
E nada é tão velho
Que esteja todo errado
Mas nada é tão bom
Quanto estar ao seu lado

A Reta e(h) o Ponto

O que é um ponto?
Uma virgula longa?
Fragmentos de reta?
Um compasso, seresta?
Uma guria tão sonsa!

Se dois pontos são reta
O caminho entre os dois
E a tal geodésica?
Onde entra, ora pois?

Se ela veio depois
Ficou fora da dança
Onde o Sol se levanta
Ali mesmo se pôs

Seria o ponto o começo?
o meio, ou o fim?
Que seria de mim
Ao saber respondê-lo?
Mas não devo, não bebo!

O que seria um poeta?
Mas um brincalhão!
Sua vida arquiteta
Com a pena na mão

E o ponto e a reta
Dos quais o poeta abusou
Mais uma vez o poeta
Com um (deles) o poema acabou.

Carta que acompanhava um coração que foi dado de presente à uma amiga

Eu conheço essa dor, que muito te dói
Sei de todos os sonhos, que a outr'alma destrói
Vivi e vivo, uma dor semelhante
Mas te peço: Viva! e siga adiante

É tão raro amar, muito mais que se pensa
Tão profundo o amor, que nem sempre se recompensa
Mas compensa amar, ainda que se ame só
Pois a mulher que não ama, é inferior ao pó

Sei das noites vazias, do remexer na cama
Sei da dor que se passa, aquele que ama
Pois já muito amei, e sofri o penar
Agora estou do seu lado, minh'alma vai te abraçar

Mas, tão curta é a vida, para que se viva em vão
E ainda que com outro divida, teu é o seu coração
Não vim te dar consolo, nem sei se sou capaz
Tão pouco te conheço, mas sei que te amo de mais